O Eterno

Sentia-me sua por inteiro

naqueles dias que assistíamos

a vida passar.

 

Com a calma que só

alguém entregue ao acaso

poderia entender, nossos lábios se tocavam…

tuas mãos …

nossa respiração ofegante

e teu corpo confundindo-se com o meu

em um abraço contraditório

que nascia na malícia

e findava-se,

com inocência e pureza

em meio a toda aquela imensidão

de azuis e verdes que nos cercava.

 

Dias intermináveis,

porém

curtos demais

para saciar todos os nossos desejos.

 

E te amei …
E me amas-te …

E findamos então,

nossa breve história com um quê de eterno

e um que de fugaz,
como toda boa estoria de um amor deve ser,

eterna no intervalo de tempo ao qual ela pertenceu.

 

 

Mari Araújo

 

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